quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Inquietação...



Vivo com Ela... mas às vezes incomoda-me a inquietação.
Incomoda-me porque nem sempre me diz o que posso fazer com Ela.
Incomoda-me porque tende a envolver-me. Faz-me tremer o corpo...
Incomoda-me porque me prende os braços junto aos ombros.
Incomoda-me porque me aperta o estomago.


INCOMODA-ME E INQUIETA-ME ESTAR INQUIETO!


PARA QUE SERVES INQUIETAÇÃO?

Porque me fazes acordar a meio da noite se não vejo nada que possa fazer agora...?

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Obrigado NADIR AFONSO!


Pergunto eu...
O que se vê a partir dessa rua da qual nem todos vemos razões objetivas para nos desligarmos?
Ali, o nosso olhar deambula… procura referências… O nosso olhar procura fixar-se para depois se deslocar…Fixa, para que através de um efeito surpresa, procure captar outro ponto…Afinal, o que é que nós procuramos?
Vê-se o céu e vê-se o chão. Veem-se linhas verticais, horizontais, diagonais e curvas… Veem-se planos, volumes e superfícies complexas. Veem-se opacidades, transparências e penumbras… texturas, luz e sombra. Veem-se claros, escuros e cores. Veem-se regras e exceções. Vê-se ordem e vê-se caos… orientação e desorientação. Veem-se ritmos, cheios e vazios. Veem-se pessoas e carros… sinalética variada. Veem-se encontros e desencontros. Por vezes veem-se árvores…

O Porto roubado do Facebook


Volta ao Porto em bicicleta por Pedro Monteiro


Guardião da cozinha da casa da Maria...


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Não me incomodes!


Não me incomodes!
Não me incomodes porque estou dentro de mim e farto de aqui estar…
Não me incomodes por não conseguir sair daqui.
Não me incomodes por estar farto.
Nem me incomodes por estar aqui.
Não me incomodes.
Todo o incomodo que me causares servirá para me sentir incomodado.
Cá dentro não se está bem e quando me incomodas sinto-o.
Nada mais…

Errar...


Serei eu capaz de parar de errar?...

O que significa o erro?

Será que o erro é cometido ou entendido?
Depois de entendido pode o erro voltar a ser cometido?
Não será que o entendimento pode ser um erro cometido?
Será que o erro está comprometido com o entendimento?
Será que o entendimento pode ser erróneo?
Se cometo um erro posso entender tê-lo cometido…
E se errar no entendimento sobre o erro cometido?...

Não quero cometer mais erros de entendimento…

Dito isto, será que cometo mais um erro?
Não. Não cometo.

Entendido!!!...

isto não é nada!

Não é possível conquistar o que não se constrói!
Não se consegue construir se não se conquistar...
Quem conquista destrói.
Quem constrói pode não conquistar...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Dói-me...


Parto para o dia à procura de novos resultados, regresso à noite e tudo parece ter-se repetido…
Pareço confundir-me com o cansaço de quem tudo parece dar…
Confundo-me com o desejo de ultrapassar as inércias do corpo e com as derivas do meu pensamento.
Nada parece progredir,,, tudo parece resistir simplesmente como foi até aqui.
Estarei eu a sonhar?... Ou a encontrar-me cíclica e repetidamente com os meus limites?
Dói-me… parte de mim. Não sei onde nem sei valorizar a intensidade.
Inquieta-me…

Espera ai

Quando alguém te disser “dá-me um minuto…”, encosta-te um bocadinho à parede…
Quando alguém te disser “espera que eu já te atendo!”, espera sentado porque a coisa vai demorar…
Quando alguém disser “… depois ligo-te.”, podes começar a tarefa que tinhas planeado há uns dias, pois de certo que não serás interrompido.
Quando alguém te disser “Deixa-me em paz!...”, das duas uma, ou te liga de seguida ou nunca mais te liga.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Não entendo de Clarice Lispector

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma bênção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

Um olhar criativo de Teresa Pinto




"Pode ser-se criativo na resolução dum problema, na maneira de pintar as paredes ou uma tela, no escrever dum livro, … mas criatividade está também na maneira como olhamos para os ojectos no nosso dia-a-dia, mesmo os objectos mais banais. Tome-se um simples pedaço de queijo como exemplo. Raspar o queijo, um simples acto, na preparação de um prato simples. Pode ser-se muito criativo na maneira de colocar a raspa do queijo no esparguete: em montinhos, em quadradinhos, inspirados num quadro de Mondrian,… mas ainda mais criativo achei o comentário da Sharon, tinha ela os seus três anitos, quando olhou para o pedaço de queijo que estava em cima da banca: ó mama, que lindo! Parece o mar! E foi assim que nessa dita noite tivemos esparguete com ondas para o jantar. Mas por mais bonitas que possam ser, o que é que têm as 'nossas' idéias criativas a ver connosco? O que é que nos faz pensar que somos nós os criadores das novas ideias e actos? O conceito de criatividade é simples mas também paradoxal. Já alguma vez te aconteceu ter uma ideia 'original', extremamente criativa e um dia lês num livro que uns três séculos antes já alguém havia tido a mesma ideia? Ou fazeres uma combinação de cores, uma mistura de pigmentos tão única, tão original, tão criativa e mais tarde vais encontrar essa mesma cor, ou muito parecida, na parede da casa dum amigo ou numa revista de decoração? Mas quer as ideias sejam nossas ou andem a pairar pelo éter (o que eu deixo agora aqui fora de questão), o mais importante é descobrirmos que podemos desfrutar tanto dessas criações. Porque se tens a idéia de que não podes criar, podes pelo menos e com toda a certeza, desfrutar do que já foi criado. Mesmo dum simples pedaço de queijo."

Efeitos no corte 18

Efeitos no corte - Eu sabia que a minha vida se iria transformar em breve... FOI HOJE AFINAL!