A construção da
Rua Álvares Cabral (1895-1940) pode considerar-se pioneira como processo de transformação urbana
e operação imobiliária de iniciativa privada na cidade do Porto. Contudo, a verdade é que esta operação tem como base e experiência as práticas que haviam reforçado as zonas de expansão da cidade há cerca de 100 anos (à data) através da "urbanística de caris
iluminista" almadina, que implementaram um modelo de desenho e
transformação urbana tão genérico como de elevada qualidade e inteligência estratégico-operativa.
Deixando o aprofundamento deste
tema para outros momentos, o que me interessa aqui pôr em
evidência é que o gesto inicial de "corte" na unidade da Quinta
oitocentista potenciou a criação de um espaço-canal, uma rua, que
liga ainda hoje dois lugares referenciáveis (aliás como assim o faziam as travessas almadinas) e incorpora, assim, numa
nova entidade (agora) urbana um conjunto de relações e atividades que lhe dão
esse singular significado na história e funcionamento da cidade.
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