Verificada a ruptura do destino da utilização sobre o plano horizontal (previsão da zona) e da utilização construtiva puramente volumétrico – quantitativo (normas e regulamentos), a secção arquitectónica deixou de constituir um controlo técnico-construtivo de verificação à posteriori, mas torna-se uma das figuras de partida do projecto, o núcleo gerador de toda a composição, a estrutura teoricamente infinita das novas construções. Não é por acaso que hoje, na impressionante investigação de precedentes históricos, encontramos frequentemente retomados os desenhos de Leonardo da Vinci para uma cidade de vários níveis ou o projecto para a sistematização londrina do Adelphi da autoria dos irmãos Adams, sob a forma de cortes arquitectónicos, destinados a demonstrar uma estrutura dos percursos e dos bens mais complexa que, através de uma imagem a vários níveis, permita compreender a sobreposição de diferentes necessidades e intervenções. Os percursos mais variados, os bens mais diversos, os destinos mais articulados tornaram-se assim elementos de uma composição arquitectónica que anule as relações precedentes e rompa com os limites de propriedade para os transformar no perímetro da forma arquitectónica proposta. (Carlo Aymonino. O significado das cidades. p. 41)
INTELLIGERE: explicar a evidência, pela representação do invível através do corte vertical em Arquitectura
domingo, 29 de janeiro de 2012
Secção urbana - Leonardo Da Vinci
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