LUÍS
Talvez venha
da lua o teu nome.
Talvez da
alma o teu brilho.
Veredas
indecisas na pesquisa do caminho.
Sozinho.
Na procura
do tudo e do nada, mas de um toque seguro e dócil
De quem te é
amada.
És turbilhão
e canção,
Às vezes
razão, outras não.
Refletes paz
e desassossego numa simbiose quase perfeita
Que ora faz,
ora torna a existência inquieta,
Quase
desfeita.
És talvez o
mar tranquilo
Mas onde se
adivinha a tempestade do grito e do silêncio.
Amo-te, e a
verdade é perceber se isso basta
ou é apenas
uma das tuas,
e mais uma
introspeção.
Coração,
isso tens dessa forma intensa e sedutora
Talvez até
redutora das existências formatadas e banais.
Amo-te, e
nos meandros da dor e do delírio
Que cala e
até sufoca
Desnuda-se
uma certeza,
A de
remarmos nas ondas serenas
E no mar
encarpelado
Mas em
sentidos iguais.
MARIA MOURA, maio de 2012
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