quarta-feira, 23 de maio de 2012

Luís


LUÍS

Talvez venha da lua o teu nome.
Talvez da alma o teu brilho.
Veredas indecisas na pesquisa do caminho.
Sozinho.
Na procura do tudo e do nada, mas de um toque seguro e dócil
De quem te é amada.
És turbilhão e canção,
Às vezes razão, outras não.
Refletes paz e desassossego numa simbiose quase perfeita
Que ora faz, ora torna a existência inquieta,
Quase desfeita.
És talvez o mar tranquilo
Mas onde se adivinha a tempestade do grito e do silêncio.
Amo-te, e a verdade é perceber se isso basta
ou é apenas uma das tuas,
e mais uma introspeção.
Coração, isso tens dessa forma intensa e sedutora
Talvez até redutora das existências formatadas e banais.
Amo-te, e nos meandros da dor e do delírio
Que cala e até sufoca
Desnuda-se uma certeza,
A de remarmos nas ondas serenas
E no mar encarpelado
Mas em sentidos iguais.

MARIA MOURA, maio de 2012

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