SILÊNCIO
Revi-me na
nudez do silêncio.
Mudo.
Inquieto.
E
acomodei-me em escaparates sólidos e intocáveis
Numa
arrumação
Quase
sagrada
Mas
flutuante de incertezas ásperas e quase rudes.
Sei que no
limite do entendimento
É
desajustada a pesquisa do que fomos e somos
Como se a
vida não passasse de códigos
E sinais de
fumo
Que é
apanágio de poucos.
Esses poucos
que não vivem
Mas fingem
que sentem
Pobres esses
Continuam na
batalha inglória de existir
Mas na
verdade não vivem
Nem existem
E deles não
há memória.
MARIA MOURA, maio de 2012
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